Nação do Maracatu Leão da Campina
O Maracatu Nação Leão da Campina nasceu em 26 de Julho de 1997, fundada pelos integrantes do Centro Leão do Norte de Cultura Popular da cidade de Recife.
Filiado à AMAMPE ( Associação Maracatu Nação de Pernambuco) e Rede Reação (Rede dos Artistas do Ibura) desfilando há mais de 7 (sete) anos, a Nação Maracatu Leão da Campina conquistou em 2003 a passagem para a categoria “A” e no seu primeiro ano foi 3ª (terceira) colocada entre as maiores nações de Maracatu de Pernambuco.
Em maio de 2004, foi realizada a Coroação da Rainha da Nação Maracatu Leão Campina, Mãe Nadja de Angola, no Pátio da Igreja do Rosário do Homem Preto. Ela que, com muita dedicação e, sobretudo muito amor fez de sua vida uma luta diária pela valorização da cultura pernambucana e do maracatu, mantendo o Leão da Campina como fiel representante desta tradição.
Tanto trabalho foi recompensado com o vice - campeonato do grupo especial das Nações de Maracatu de 2007
Com o objetivo de fortalecer e divulgar à cultura afro em todo o Estado, e também conquistar novos espaços a Nação Maracatu Leão da Campina realiza apresentações durante todo o ano participando de diversos tipos de eventos, levando a dança, música, canto, alegria, ritual e todos os elementos da cultura popular.
Com forte vocação social o Leão da Campina participa de varias e expressivas ações de inclusão de crianças, jovens e adultos na comunidade onde atualmente funciona sua sede no bairro do IBURA.
O barracão hoje abriga vários projetos como o Brasil Alfabetizado do Governo Federal, e varias campanhas das secretarias de saúde do Município e Estado. Alem destes, a própria Nação Leão da Campina iniciou alguns projetos :
Leões de Fé – Espaço Muzênzê - Grupo de Diversidade – que promove palestras, encontros e apresentações levando cultura e esclarecimentos sobre LGBT e contra a homofobia..
Nação Vunginhos – Maracatu Infantil – Que promove oficinas para crianças e jovens libertando da osiosidade e assim com apresentações em vários eventos, educando as novas gerações para a preservação da cultura do maracatu.
Inkisis
O QUE SÃO OS INKISIS:
A palavra ORIXÁ é de origem Yorúba, dialeto usado nos candomblés de Kêtu, e, não BANTU, dialeto usado nos candomblés de Angola. Seu significado: ORI= CABEÇA – XÁ = GUARDIÃO OU AQUELE QUE GUARDA assim a palavra orixá significa anjo da guarda, ou ainda: ORI= CABEÇA – XÁ = DONO, ou seja: DONO DA CABEÇA. Para os africanos a concepção de "anjo da guarda", não era a mesma que conhecemos hoje, através do cristianismo, mesmo porque esta forma de culto existe a aproximadamente 8.000 anos antes de Cristo, e há estudos que tentam provar uma existência ainda mais antiga. Para eles, os denominados "anjo da guarda", na verdade eram seus antepassados, que após se transladarem para o ORÚM (Céu), passavam a fazer parte da energia de seu Orixá, transformando-se assim em um, e voltando a terra para ajudar seus descendentes a seguirem sua jornada em busca de um aperfeiçoamento. Dentro da nação Angola, não cultuamos Orixá, mas sim INKISIS, como eram chamados por nossos antepassados Angolanos. Os Inkisis eram antepassados, que ao deixarem a terra, voltavam a integrar a energia original. Assim transformando-se em GÊNIOS, que é o significado mais aproximado da palavra. Esses Inkisis não eram cultuados em conventos (templos), uma vez que os Angolanos eram seminômades, assim prestavam reverência aos seus INKISIS em árvores. Com sua vinda para o Brasil, foi que começaram a ter seus cultos em templos, posteriormente chamados BARRACÕES, Jogo do texto assim denominados, devido ao nome dado às construções utilizadas na África, para guardar os escravos capturados para serem vendidos aos europeus. Nesta grandiosa Nação, existiam seres maravilhosos, que como os Orixás dos Yorúbas, se dedicavam a cuidar de seus filhos e até mesmo a puni-los quando desobedeciam às leis de Deus, ou Zambiapongo, para os Bantos. Nesta terra, nada se fazia sem antes pedir a permissão dos Inkisis, afinal sempre foram eles, a representação de Zambi no mundo. Com este povo, os Angolanos aprenderam que existiam outros seres semelhantes aos seus e assim foram vendo que suas divindades tinham muito em comum com os pertencentes à cultura dos Yorúbas. Mesmo com a criação do sincretismo, não só com o catolicismo, mas também entre as nações aqui representadas por seus povos, a identidade de suas divindades foi preservada e muito embora, vissem eles, a semelhança entre seus “deuses”, mantinham seu culto próprio e se praticavam a religião de sua terra natal juntos, porém, deixavam bem claro a distinção entre eles. Como escravos, buscavam a libertação de todo seu povo, e uniam-se para pedir aos “deuses” que atendessem seus pedidos e assim libertassem aquele povo que tanto sofria nas mãos dos Senhores. Como Gênios, os Inkisis, faziam de tudo para ajudarem seus fiéis e passavam através de seus sacerdotes, todo o ensinamento preciso para que os mandamentos de Zambiapongo fossem seguidos ao pé da letra, como se diz em nosso País.
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